Companhias para um capuccino

domingo, 23 de janeiro de 2011

Finesse

Eu falava de negócios quando ela cerrou os olhos e me calou com um beijo. De súbito, mais que seus lábios e língua adentrando, violando a minha boca, senti roçarem em meu peito os bicos dos seus seios, duros por promiscuidade ou ganância. Ela era tão menina, tão branca que decerto tinha mamilos rosados... só poderiam ser rosados.

Durante o jantar, as suas pernas entrelaçaram as minhas como naqueles filmes americanos de putaria moderada, causando-me uma ereção. E não é que a biscatinha me confirmou que cursava Artes Cênicas numa porra de faculdade qualquer? Dava pra coisa.

Pelo óbvio, transamos na mesma noite. E só não transamos onde estávamos porque o garçom rapazola era um puto, um pudico insubornável que não nos cedeu o toilette. Ademais, a comida, o vinho, o estacionamento, tudo me custou um olho da cara.

Devo dizer que nunca me precavi da jovialidade inconsequente. Muito pelo contrário! Atesto com pouca dignidade, todavia bastante orgulhoso, que gastei, ou melhor, investi o verde dos anos e do bolso na experiência com que hoje gozo a juventude alheia; molecas, ninfetas e o cacete!

Aliás, por falar em cacete, ao estacionar em frente à sua casa, aguardei o suficiente para vê-la entrar e beijar o seu pai com a mesma boca que usara para me chupar durante todo o trajeto de volta.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Psiu, é segredo!

Lá pelos antigamentes, quando chovia, eu achava que era o mundo que chorava. Por isso, escondido dos meus amigos, eu sorria bem grande para tentar alegrá-lo. Coisa de gente que se importa com o mundo, sabe?
Os meus amigos não sabiam, porque eram de muito sarro, tinham mania de espalhar pra turma do nosso bairro que fulano era mentiroso, que cicrano era loroteiro... Eu que não contava! Já pensou como eles iriam se rir de mim, se soubessem que a gente só voltava a bater bola no portão do Pedro porque o mundo adorava um sorriso?