Companhias para um capuccino

sábado, 24 de abril de 2010

De isqueiro aceso.

Atirou as flores, que eu havia comprado com alguns trocados de jogo, da porta dos fundos para a rua do beco; depois se trancou dentro do quarto e gritou, com a voz embargada de choro escandaloso, para que eu fosse embora de lá.

Eu não fui. E pelo vão da tramela, pedi mais de uma vez para entrar. Mas a desgraçada ignorava a minha voz e insistia nos choramingos, como que se de uma hora para a outra lhe pingasse algum sentimento das tetas chupadas de mulher da vida.

Senti mais vontade de chupar aquelas tetas. E eu o faria; bastava ela me abrir o diabo da porta.

Numa última tentativa, sem mais um tostão de persuasão, saquei do bolso de meu paletó um maço de cigarros começado, empurrei-o por debaixo da porta e arrematei:

- Deixa eu entrar para lhe acender alguns, querida.

Foi então que, de olhos vermelhos e cigarro na boca, ela me abriu a porta e as pernas.

domingo, 18 de abril de 2010

Ouça-me, no Myspace!

Eu diria que, para o trabalho de um paulista de firma quebrada, com a cachola cheia e a carteira vazia, o título "Samba duro" parece bastante sugestivo... É que sambista, meu bom, não vale o quanto pesa, mas o quanto pensa! E de fato, sem trato, esse é o nome do projeto de Lina, compositor da nova safra paulista, que visa mesclar a contemporaneidade do samba-rock com a tradição do samba-de-mesa, na crista da onda das experimentações.
Infelizmente, por causa do bolso vazio, o disco de Lina ainda não saiu. Mas, para todos os efeitos, a demo já está AQUI! Por isso, ouça e tire a prova de que o samba é duro, mas não cobra os seus ouvidos.