No saco de lixo
eu cato o que como
como um cão com fome.
A fome é de afeto.
É que do prato-feito
feito pra quem come
sobra bem pouco.
Come-se tanto!
A barriga ronca.
E eu rasgo o saco
reviro a caçamba
e rosno ao lixeiro
do coração
porque resto ainda é amor
porque o resto
antes de ser dor
não dá congestão.
Companhias para um capuccino
sábado, 14 de novembro de 2009
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