Atirou as flores, que eu havia comprado com alguns trocados de jogo, da porta dos fundos para a rua do beco; depois se trancou dentro do quarto e gritou, com a voz embargada de choro escandaloso, para que eu fosse embora de lá.
Eu não fui. E pelo vão da tramela, pedi mais de uma vez para entrar. Mas a desgraçada ignorava a minha voz e insistia nos choramingos, como que se de uma hora para a outra lhe pingasse algum sentimento das tetas chupadas de mulher da vida.
Senti mais vontade de chupar aquelas tetas. E eu o faria; bastava ela me abrir o diabo da porta.
Numa última tentativa, sem mais um tostão de persuasão, saquei do bolso de meu paletó um maço de cigarros começado, empurrei-o por debaixo da porta e arrematei:
- Deixa eu entrar para lhe acender alguns, querida.
Foi então que, de olhos vermelhos e cigarro na boca, ela me abriu a porta e as pernas.